Valor Econômico

Nui CEO Kevin O’Sullivan talks to Brazil's largest economy, finance, and business newspaper about the company's growing digital presence in agriproduct trading, particularly current inroads in the dairy and biofuel categories.

Originally published on Valor Econômico on 2nd April 2024.

Nui Markets vê bom potencial no Brasil

Fundada em 2012 na Nova Zelândia, a plataforma de comercialização de commodities Nui Markets está pronta para desembarcar no Brasil e avança em negociações com empresas do segmento sucroalcooleiro. Na Europa, seu foco está na área de laticínios, além do mercado de carnes, que também serão alvos de interesse no Brasil.

Com dez acionistas, entre eles o ex-primeiro ministro da Nova Zelândia John Key, a Nui conta com 1,2 mil usuários, vindos de 300 empresas clientes, e atua diretamente em 65 países. Nos últimos três anos, informa que movimentou US$ 500 milhões em negociações em suas plataformas, mas não divulga seus resultados financeiros.

O CEO, da empresa, Kevin O’Sullivan, explica que a tecnologia é uma só, mas que cada empresa cliente, geralmente indústrias (como laticínios, marketplaces de lácteos, usinas ou frigoríficos) conta com um site específico para realizar suas vendas online, de forma a conferir mais agilidade e segurança às operações.

Pelas plataformas da Nui, é possível segmentar os clientes por região geográfica ou condição preferencial de pagamento, por exemplo, e decidir quem verá determinada oferta. Outra facilidade é a exibição do preço final para cada usuário, conforme as taxas de seu mercado. No Brasil, uma venda entre Estados contemplaria os diferentes valores de ICMS.

“A transparência de preços garante às partes interessadas que os valores praticados são justos e coerentes com o mercado”, diz O’Sullivan.

Com o passar dos anos, novas funcionalidades foram sendo lançadas. Uma das preferidas dos clientes, segundo o CEO, é a que permite a realização de leilões.

De olho em gigantes do porte de uma JBS, por exemplo, Ashley Honey, vice-presidente sênior da Nui - que já esteve no Brasil em duas ocasiões -, diz que continua as prospecções no país porque vê grande potencial de negócios no pós-pandemia. “Acho que há uma oportunidade agora especialmente porque a comunicação presencial com os clientes deve ficar mais restrita e é muito improvável que seja possível voltar ao modo antigo de se negociar”, diz.

Mesmo ciente do caráter pessoal dos relacionamentos entre empresas do agronegócio brasileiro e seus compradores, no mercado interno e externo, O’Sullivan acredita que há espaço para o país acelerar sua presença no digital. De uma conversa com um empresário do segmento de frangos, O’Sullivan disse que tirou um dado que considerou assustador: “Ele me contou que gastam 50% do tempo negociando com apenas 20% dos clientes. Com a plataforma, a empresa pode focar nos principais clientes. É uma questão de estratégia de negócio”, diz ele.

O case mais recente de sucesso da neozelandesa Nui foi de um dos maiores marketplaces europeus de laticínios, o DAO.EU. No primeiro trimestre de 2020, após aderir à tecnologia, o marketplace, que congrega 80 fornecedores, triplicou as vendas ante o resultado total de 2019, ano em que tinha comercializado 20 mil toneladas de produtos lácteos.

O modelo de negócios da Nui prevê a cobrança de uma porcentagem sobre cada transação realizada em suas plataformas. O percentual varia. Hoje é de 1% para laticínios e carnes e de 5% para frutas e vegetais não processados, por exemplo.

Source: https://globorural.globo.com/negocios/noticia/2024/04/nui-estreia-no-mercado-de-lacteos-no-mercosul.ghtml

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